Agência France-Presse
postado em 28/02/2010 12:34
Os islamitas shebab anunciaram neste domingo que não permitirão mais a distribuição de ajuda humanitária do Programa Mundial de Alimentos (PMA) da ONU na Somália, um dos países da África mais afetados pela fome crônica.O movimento shebab, que controla a maior parte do centro e sul do país, acusa a ajuda do PMA de ser prejudicial para os agricultores locais, e de ter motivações políticas.
"Dados os problemas causados pela ajuda alimentar distribuída pelo Programa Mundial de Alimentos, o movimento dos Shebab Al Mujahidin proíbe as atividades desta agência na Somália de maneira geral a partir de hoje (domingo)", indica um comunicado divulgado pelo departamento de informação do grupo radical islâmico, que diz pertencer à Al-Qaeda.
"Já demos chances (ao PMA) de operar na Somália, mas a agência não reuniu as condições necessárias que havíamos exigido, por isso proibimos totalmente suas operações na Somália", disse à AFP um dirigente dos shebab em Mogadiscio, que pediu o anonimato, confirmando a autenticidade do comunicado.
No começo de janeiro, o PMA se viu obrigado a suspender suas atividades no sul da Somália devido ao crescente número de "ataques e ameaças" contra os funcionários de suas operações humanitárias.
No entanto, a agência anunciara na época que continuaria fornecendo ajuda alimentar para 1,8 milhão de pessoas no resto do país.
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