Agência France-Presse
postado em 08/03/2010 09:13
Um atentado suicida com carro-bomba matou nesta segunda-feira (8/3) 13 pessoas e feriu 65 ao destruir um prédio da Polícia antiterrorista em Lahore (leste do Paquistão), onde muitos funcionários ficaram presos sob os escombros.
[SAIBAMAIS]Autoridades policiais indicaram 13 mortos e 65 feridos, embora Khusro Pervez, alto funcionário do governo de Lahore, tenha mencionado 12 em seu último registro.
"O alvo era um edifício utilizado por uma unidade especial da Polícia e servia para o interrogatório de suspeitos de terrorismo", declarou Pervez Rathore, chefe da polícia local. "Um veículo cheio de explosivos atingiu o edifício", confirmou.
Os talibãs paquistaneses aliados da Al-Qaeda reivindicaram a autoria do atentado.
"Reivindicamos o atentado de Lahore. Continuaremos cometendo este tipo de ataque no futuro", declarou por telefone Azam Tariq, porta-voz do Movimento dos Talibãs do Paquistão (TTP), grupo de insurgentes islamitas que jurou lealdade à Al-Qaeda desde a sua criação, em dezembro de 2007.
Esse grupo é responsável pela onda de atentados que deixaram mais de 3 mil mortos em dois anos e meio em todo o país.
"Este ataque foi praticado em represália aos ataques de aviões (americanos) não-pilotados e às operações militares (paquistanesas) nas zonas tribais" do noroeste, bastião dos talibãs, acrescentou.
Muitas pessoas tentavam remover os escombros do prédio destruído.
Os policiais e as equipes de socorro temiam um registro mais elevado, já que muitas pessoas estavam presas entre os escombros e o atentado foi praticado em uma área muito movimentada.
"Creio que havia entre 30 e 40 pessoas no edifício no momento da explosão, que abriu uma cratera de 3 metros de profundidade e de 4 a 6 metros de diâmetro", indicou Rathore.
"O atentado também danificou uma escola religiosa e casas", acrescentou o chefe de polícia.
"Ocorreu às 08h15, ouvi uma explosão ensurdecedora e minha casa tremeu", disse Nasim ur Rehman, que mora a 1,5 km do local do atentado.
"Em quase todos os ataques o TTP está envolvido", declarou à imprensa o ministro do Interior, Rehman Malik, que classificou os talibãs paquistaneses de "assassinos pagos que querem desestabilizar o Paquistão".