Agência France-Presse
postado em 10/03/2010 19:09
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse nesta quarta-feira (10/3) que o Haiti vive uma situação "grave" e, depois de encontrar-se com o presidente haitiano René Preval advertiu que uma segunda catástrofe humanitária poderá ocorrer no país, assolado pelo terremoto de janeiro.Segundo Obama, a iminente temporada de chuvas constituía nova ameaça para 1,3 milhão de pessoas que ficaram sem suas casas. "A situação ainda é grave e não devemos nos iludir", disse Obama num pronunciamento nos jardins da Casa Branca.
"O desafio, agora, é prevenir outra tragédia", assinalou Obama, horas antes de o ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, agora enviado especial da ONU para o Haiti, advertir para uma possível segunda onda de mortes, devido a más condições sanitárias e ao iminente início da temporada de chuvas. O terremoto no país, do dia 12 de janeiro, deixou 220.000 mortos e 1,3 milhão de desabrigados.
[SAIBAMAIS]No entanto, a angústia crescia no Haiti entre os habitantes de Porto Príncipe, depois do anúncio dos Estados Unidos de reduzir sua presença militar.
Na terça-feira, militares americanos informaram que um navio-hospital deixará as águas haitianas nos próximos dias, depois de missão humanitária de sete semanas.
Nesta quarta-feira, 50 manifestantes procedentes do bairro de Petionville, na capital haitiana, bloquearam uma estrada em Porto Príncipe em protesto contra a falta de alimentos nas últimas semanas, constatou a AFP.