Agência France-Presse
postado em 12/03/2010 15:49
O dissidente cubano Guillermo Fariñas, em greve de fome há 15 dias, pediu a Lech Walesa, líder histórico do sindicato polonês Solidaridad, que deposite uma coroa de flores em sua tumba "quando Cuba for livre", informou nesta sexta-feira (12/3), à AFP, o ex-presidente polonês.Walesa e Fariñas falaram por telefone na quinta-feira, horas antes da hospitalização do jornalista cubano na unidade de cuidados itensivos do hospital de Santa Clara (270 km ao leste de Havana).
"Fiquei muito impressionado, eu tentei convencê-lo a interromper a greve. Disse que para construir uma Cuba livre é preciso gente como ele, viva", contou o Prêmio Nobel da Paz, em 1983.
[SAIBAMAIS]Segundo Walesa, o dissidente manteve a decisão de continuar com a greve de fome.
"Fariñas me respondeu: se morrer, rogo que deposite uma coroa de flores sobre a minha tumba quando Cuba for livre", contou Walesa.
Guillermo Fariñas, um ciberjornalista de 48 anos que reivindica a libertação de 26 presos políticos doentes, iniciou uma greve de fome e de sede pouco depois da morte do preso político Orlando Zapata, de 42 anos, que se seguiu a um jejum de protesto de dois meses e meio.