postado em 12/03/2010 19:11
Santiago ; Desde que venceu a eleição em janeiro, o novo presidente do Chile, Sebastián Piñera, apoiado por uma coligação de centro-direita, tem procurado marcar suas diferenças com a antecessora, Michelle Bachelet, de centro-esquerda, mas com poucas críticas. Nesta sexta-feira (12/3), entretanto, ele reclamou dos sistemas de alerta de tsunami e emergência sobre terremotos. Para ele, os dois serviços devem ser aprimorados, porque não dão segurança o suficiente para a população.De acordo com Piñera, um dos erros no caso dos terremotos e tsunamis que atingem o país desde o último dia 27, foi a falta de coordenação de ações entre os sistemas de alerta e emergência e as Forças Armadas. ;É necessário que o Chile tenha capacidade de antecipar os sismos. Isso tem de ter um funcionamento muito profissional. É preciso efetuar uma reformulação do sistema de alerta;, disse.
Sem indicar quais serão as mudanças que pretende efetivar, o presidente afirmou apenas que pediu que ocorra uma articulação total entre todas áreas de seu governo e as Forças Armadas. ;As Forças Armadas, em momentos de paz, existem para dar assistência a todos;, afirmou Piñera.
As críticas de setores da população e de políticos ao governo Bachelet foram intensas desde o maior dos terremotos, no último dia 27, que registrou 8,8 pontos na escala Richter. Em seguida, houve uma série de tremores e tsunamis. Ontem (11) foram 13 e hoje, mais sete. Para muitos, a reação do governo foi lenta.
Segundo analistas políticos, Michelle Bachelet teria demorado a reagir porque o Escritório de Emergência, conhecido no Chile pela sigla Onemi, não indicou logo a gravidade dos tremores, assim como a Marinha também teria advertido tardiamente sobre o risco de tsunamis.
Na Marinha, o responsável pelo alerta de maremotos foi demitido, enquanto a responsável pelo monitoramento dos tremores de terra renunciou um dia antes de Piñera assumir o governo.
[SAIBAMAIS]Ele disse esperar que, já na próxima semana, o Congresso Nacional aprove a doação de bônus, no valor de cerca de US$ 80, para as famílias mais pobres do país. Sem maioria entre os parlamentares, Piñera é pressionado a aumentar o valor.