postado em 13/03/2010 10:32
Um dia após tomar posse, o novo presidente do Chile, Sebastián Piñera, iniciou ontem formalmente seu governo exigindo pressa no trabalho de reconstrução do país que, após o terremoto seguido de tsunami, em 27 de fevereiro, ainda sofre com novos abalos que assustam a população. Essa celeridade, que o novo presidente tenta imprimir em sua equipe, foi simbolizada por capacetes e cronômetros distribuídos aos ministros durante a primeira reunião de gabinete. %u201CO capacete, porque é preciso reconstruir, e o cronômetro, porque é preciso agir com rapidez%u201D, explicou o presidente.
Segundo a imprensa local, a estimativa feita pelo novo ministro da Fazenda, Felipe Larraín, é de que os prejuízos provocados pelo terremoto custem entre US$ 20 bilhões e US$ 30 bilhões aos cofres do país. A tragédia deixou cerca de 800 mortos e desaparecidos, mais de 1,5 milhão de casas destruídas e dois milhões de desabrigados em várias cidades.
As primeiras horas do governo de Piñera %u2014 empresário que ocupa a 437ª posição do ranking dos mais ricos do mundo, elaborado pela Forbes, com fortuna avaliada em US$ 2,2 bilhões %u2014 transcorreram entre a cerimônia de posse e a preocupação com a tragédia. Ontem, o Chile ainda estava sob o impacto dos três terremotos (de magnitude 7,2, 6,9 e 6) que sacudiram a zona central do país na véspera, minutos antes de Piñera assumir a presidência, substituindo Michelle Bachelet. As 14 réplicas posteriores na tarde de quinta-feira e as três registradas na manhã de ontem têm deixado os chilenos que moram nessa região, incluindo os moradores de Santiago, em estado de tensão permanente.