Agência France-Presse
postado em 13/03/2010 11:54
Mais de 1.600 pessoas foram detidas em duas semanas de toque de recolher no centro-sul do Chile, onde os saqueos após o terremoto de fevereiro forçaram a mobilização de militares para restaurar a ordem.De acordo com o jornal La Tercera, os 15 mil militares mobilizados na região prenderam 1.609 pessoas durante os períodos de toque de recolher, que em cidades como Concepción, a 500 km de Santiago, chegaram a durar 18 horas por dia.
A maioria dos detidos já está em liberdade, apenas 210 suspeitos de participação em saques e distúrbios permanecem presos.
"Tivemos um ótimo comportamento da população. A avaliação é positiva, no sentido de que o número de pessoas detidas caiu em relação ao início", declarou o general Bosco Pesse, comandante militar da região del Maule (centro-sul).
Centenas de pessoas morreram ou são consideradas desaparecidas depois do terremoto e tsunami de 27 de fevereiro, quando milhares de casas desabaram ou foram destruídas, com muitas regiões sem luz, água ou alimentos.
Após a tragédia natural que provocou mortes e destruição, os chilenos ainda foram obrigados a passar as noites com medo dos saques.
Após os primeiros saques e antes da militarização da zona, grupos de vizinhos criaram brigadas para proteger os bairros, com direito a barricadas.