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Porta-voz do Irã acusa Estados Unidos de estimularem "iranofobia"

postado em 15/03/2010 13:49
O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahamadinejad, acusou nesta segunda-feira (15/3) os Estados Unidos de orquestrarem uma ação via imprensa mundial anti-Irã. O porta-voz do Ministério das Relações do Irã, Ramin Mehmanparast, disse que os supostos ataques se baseiam nas acusações de que haveria no país um programa para a fabricação de armas nucleares e bombas. [SAIBAMAIS]De acordo com o porta-voz, há uma ação estimulada pelos norte-americanos para ocorrer o que chamou de "iranofobia" - aversão ao Irã. As informações são da agência oficial de notícias iraniana (Irna na sigla em inglês). Segundo o porta-voz, os ataques se referem ainda a acusações de mais de 20 anos, feitas nos anos 80, quando o governo do Irã teria tentado adquirir a tecnologia da fabricação de bombas do Paquistão. Mehmanparast afirmou que as suspeitas são infundadas porque se baseiam em informações do cientista paquistanês Abdul Qadir Khan, denominado "o pai nuclear do Paquistão". De acordo com Mehmanparast, o governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, tenta negar ao Irã o direito de desenvolver seu programa de energia nuclear. Ele disse que os norte-americanos estimulam a "iranofobia". O porta-voz, mais uma vez, negou que o governo do Irã planeja fabricar armas e bombas nucleares. Porém, especialistas estrangeiros levantam a suspeita, porque haveria resistência por parte de Ahamadinejad de autorizar a fiscalização das usinas. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva apoia Ahmadinejad. Segundo Lula e seus assessores, o Irã tem direito de desenvolver seu programa nuclear, desde que para fins pacíficos. O presidente iraniano garante que seu objetivo não é bélico. No entanto, a recente declaração de Ahamadinejad de querer enriquecer o urânio a 20% novamente reacendeu a discussão sobre o objetivo pacífico do programa nuclear do Irã.

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