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Militares brasileiros aguardam sinalização para participar de resgate de reféns das Farc

postado em 17/03/2010 17:35
Brasília ; Por orientação do governo do Brasil, helicópteros e militares brasileiros estão de prontidão em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas, à espera de um sinal da Colômbia para partirem rumo à operação de resgaste de dois reféns em poder das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc). Desde o ano passado, a ação é organizada. A expectativa é que até o final desta semana os militares concluam o trabalho, segundo informações de especialistas à Agência Brasil.

De acordo com integrantes do governo do Brasil que participam das negociações, os militares brasileiros que atuaram nas primeiras tentativas de resgate foram elogiados pela técnica e agilidade no apoio logístico. Segundo os negociadores, o papel do Brasil se resume a dar a sustentação técnica à operação.

A ideia é que o resgate do sargento Pablo Emilio Moncayo e do cabo Josué Daniel Calvo ocorra em dois locais diferentes ; um para cada refém. A operação deve ser realizada em etapas e horários distintos. Observadores que acompanham as articulações informam que, inicialmente, seria resgatado Moncayo e depois, Calvo.

[SAIBAMAIS]Moncayo está em poder das Farc há 12 anos e Calvo, há 11 meses. Os militares brasileiros também vão ajudar no traslado dos restos mortais do major Julián Ernesto Guevara, que foi morto em cativeiro. Pelos dados de especialistas brasileiros, ainda restam 20 militares em poder das Farc.

As negociações são conduzidas pela senadora Piedad Córdoba, que faz oposição ao governo de Álvaro Uribe, e do Comitê Internacional da Cruz Vermelha. Do lado brasileiro, participam diretamente da operação apenas militares. Mas as negociações foram orientadas pelo assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia.

Há mais de um ano o processo de libertação dos reféns é negociado. Porém, os avanços, segundo especialistas brasileiros, dependem basicamente de sinalização das Farc. Em 2009, o comando do grupo armado informou que havia interesse em libertar Moncayo e Calvo e também na entrega dos restos mortais de Guevara.

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