postado em 18/03/2010 17:36
Brasília ; O pior terremoto dos últimos anos no Haiti, registrado no dia 12 de janeiro atingindo 7,0 graus na Escala Richter, fez o país recuar aos níveis de pobreza de quase uma década atrás. A análise é da Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal). De acordo com a Cepal, 71% da população do Haiti vivem na linha de extrema pobreza. O estudo foi apresentado nesta quinta-feira (18/3) em Granada, na Espanha.A secretária-executiva da Cepal, Alicia Bárcena, apresentou o documento na reunião do Comitê de Desenvolvimento do Caribe e da Cooperação. Segundo ela, o relatório é preliminar. Mas tem como objetivo apontar as necessidades de ação e as possibilidades de reconstrução no Haiti.
;Estes acontecimentos trágicos servem para que se reforce o conceito da necessidade de medidas que visam a redução de risco de desastres especialmente no Caribe;, afirmou Bárcena.
Nesta quarta (17/3) o Ministério da Economia, Planejamento e Desenvolvimento da República Dominicana divulgou um estudo indicando que em decorrência do terremoto no Haiti 222.570 pessoas morreram, 310 mil se feriram e 810 ainda estão desaparecidas.
O mesmo documento informa ainda que cálculos iniciais indicam perdas materiais avaliadas em US$ 7,7 bilhões. De acordo com o governo do Haiti, serão necessários cerca de US$ 11,5 milhões para a reconstrução do país.
[SAIBAMAIS]Desde a última segunda-feira (15/3), autoridades estrangeiras estão reunidas em Santo Domingo, na República Dominicana, para discutir providências para o Haiti. A reunião é uma prévia de uma conferência internacional destinada a discutir exclusivamente a questão do Haiti promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, no próximo dia 31.