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CITES vai controlar comércio internacional de apenas uma espécie de tubarão

Agência France-Presse
postado em 23/03/2010 16:07
Uma única espécie de tubarão entre quatro propostas, a anequim, obteve nesta terça-feira a proteção da CITES, a Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção, que de agora em diante autorizará seu comércio internacional controlado.

Por 86 votos a 42 (em votação secreta), os Estados-membros da Convenção decidiram que este tubarão (;Lamna nasus;), pescado sobretudo em águas temperadas e considerado "em risco" no Atlântico nordeste, não poderá ser inserido no mercado internacional a menos que acompanhado de opiniões destacando que seu comércio não ameaça a sobrevivência da espécie.

A conferência da CITES rejeitou nesta terça-feira colocar sob sua proteção duas espécies de tubarões - o tubarão martelo e o galha-branca -, depois de ter recusado proteger outras duas espécies de grande valor comercial, como o atum vermelho do Atlântico oriental e o coral vermelho.

Por 75 votos a favor e 45 contra, a proposta de Estados Unidos e Palau para inserir o tubarão martelo (;Sphyrna lemini;) no Anexo II da CITES - que permitiria regular as exportações - foi rejeitada ao não obter os dois terços de votos necessários.

Instantes depois, outra proposta dos mesmos países, relativa ao galha-branca (;Carcharhinus longimanus;) também foi rejeitada por 75 votos a favor e 51 contra.

Todas as espécies foram propostas no Anexo II da convenção, que autoriza as exportações sob a condição de que ocorram de forma a não prejudicar a espécie.

A União Europeia, autora da proposta de inscrição, junto com Palau, lembrou que no ano passado fechou suas peixarias de tubarão anequim, procurado por sua carne e barbatanas.

A inscrição deste peixe já tinha sido proposta, sem sucesso, na conferência anterior, celebrada em 2007. O Canadá, que se opôs na ocasião, explicou nesta terça-feira ter apoiado a proposta desta vez devido à "falta de progressos" na gestão desta pesca pelos organismos profissionais regionais.

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