Agência France-Presse
postado em 24/03/2010 13:47
O chileno José Miguel Insulza foi reeleito nesta quarta-feira (24/3) secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA) para um novo mandato de cinco anos.
[SAIBAMAIS]Em uma decisão que não causou surpresa, Insulza foi reeleito por 33 dos 35 membros ativos da organização - Honduras e Cuba não têm representação - em Assembleia Geral extraordinária realizada na sede de Washington. Não havia candidato rival.
"Com a OEA, seguiremos lutando pela defesa da democracia representativa que ganhamos com tanto esforço no continente", disse o político veterano logo depois que ficou sabendo da decisão.
Insulza iniciou sua gestão na OEA em maio de 2005, e assumirá seu novo mandato em 26 de maio. Para a nova gestão, Insulza disse que trabalhará por uma OEA mais flexível que possa evitar crises como a ocorrida em Honduras com o golpe de Estado de junho do ano passado.
Antes de ser eleito, as delegações de Venezuela, Bolívia e Nicarágua afirmaram que apoiavam Insulza, mas com condições.
A ministra boliviana da Transparência Institucional, Nardy Suxo, declarou que seu país "se absteria de emitir seu voto", mas em "reconhecimento à gestão" de Insulza, não se opôs a que ele fosse eleito por aclamação.
O representante da Venezuela, Roy Chaderton, declarou que a OEA pode estar ficando "irrelevante" por não ouvir as opiniões de "democracias dissidentes", e o nicaraguense Denis Moncada pediu que a organização deixe de ser um "instrumento do império".
O chanceler chileno, Alfredo Moreno, pediu que todos trabalhassem "sem parar por uma instituição mais relevante" e que fizessem um esforço para revitalizá-la nessa nova etapa.
Além de Moreno, participaram da Assembleia Geral extraordinária os chanceleres de Paraguai, Granada e Suriname.
Segundo os regulamentos da OEA, este será o último mandato de Insulza, já que o secretário-geral pode ser reeleito apenas uma vez.