Agência France-Presse
postado em 28/03/2010 21:25
BOGOTÁ - O presidente colombiano Alvaro Uribe reiterou neste domingo que só autorizará uma troca de reféns por guerrilheiros presos se estes se comprometerem a não retomar a luta armada, em uma declaração após a libertação unilateral de um militar sequestrado há 11 meses."Um acordo humanitário tem como condição que aqueles integrantes das Farc que deixarem a prisão não voltem a delinquir", disse Uribe em uma reunião do governo na cidade de Arauca (leste).
O chefe de Estado assegurou que "o governo não se opõe ao acordo humanitário", mas reiterou que será realizado "sempre e quando não for para devolver criminosos às Farc".
Uribe explicou que os rebeldes que deixarem a prisão "devem dar todas as garantias de que não voltarão a praticar crimes".
"Quero chamar a atenção de meus compatriotas para essa necessidade. Porque o acordo humanitário não é para fortalecer o terrorismo, e sim para libertar os colombianos do pesadelo das ações terroristas", acrescentou.
Neste domingo, a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) entregou o soldado Josué Daniel Calvo a uma comissão humanitária, que recebeu apoio logístico do Brasil. Calvo estava em poder das Farc desde abril de 2009.
O grupo rebelde se comprometeu a entregar na terça-feira a essa mesma delegação o sargento Pablo Emilio Moncayo, um dos reféns militares há mais tempo sequestrado. Ele é mantido em cativeiro desde dezembro de 1997.
Os dois militares fazem parte de um grupo de 23 que as Farc planejam trocar por cerca de 500 de seus guerrilheiros presos, algo que o presidente Alvaro Uribe rejeita.