postado em 02/04/2010 15:15
Depois do pior bombardeio à Faixa de Gaza, ocorrido na noite de ontem (1;), o líder do Hamas na região, Ismail Haniya, pediu à comunidade internacional que intervenha para impedir o avanço da violência em Gaza. Os ataques aéreos orientados pelo governo de Israel foram uma reação a uma ofensiva palestina no último dia 31. As informações são da BBC Brasil.Haniya disse que representantes da Autoridade Nacional Palestina (ANP) articulavam uma ação conjunta com outras facções do país para buscar uma resposta coletiva a fim de "proteger e fortalecer a união do povo palestino".
Segundo o governo de Israel, bombardeios foram em represália ao lançamento de um foguete palestino contra a cidade de Ashkelon, na última quinta-feira (31) quando fábricas e depósitos de armamentos foram atingidos. Na semana passada, ataques à cidade de Khan Younis provocaram a morte de dois soldados israelenses.
De acordo com a BBC Brasil, não há informações sobre vítimas fatais. Segundo o Hamas, delegacias de polícia e centros de treinamento estão entre os alvos dos ataques. Também teriam sido atingidos prédios do Hamas e fazendas de propriedade do grupo.
A agência informou ainda que uma fábrica de laticínios foi atingida pelos bombardeios israelenses e que três crianças ; com idades entre 2 e 11 anos ; ficaram levemente feridas por estilhaços. O ataque da Força Aérea israelense à Faixa de Gaza é considerado o mais sério desde o fim da ofensiva israelense à região em janeiro de 2009.
De acordo com fontes palestinas e grupos de defesa dos direitos humanos, cerca de 1,4 mil palestinos morreram naquela ofensiva. Porém, segundo Israel, o número de vítimas foi de 1.166. Treze israelenses, incluindo três civis, também foram mortos nos conflitos.
As tensões aumentaram na região no mês passado após o anúncio do governo israelense sobre o plano para construção de 1,6 mil novas casas em Jerusalém Oriental ; onde os palestinos pretendem fundar a capital do seu futuro Estado.
O primeiro-ministro palestino, Salam Fayyad, afirmou, em entrevista ao jornal israelense Haaretz, que os palestinos vão declarar um Estado palestino ;independente e soberano; em 2011, independentemente dos resultados das negociações.