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Padre trabalhou em escola indiana apesar de acusação de pedofilia nos EUA

Agência France-Presse
postado em 06/04/2010 09:39
Um padre acusado de violentar dois menores de idade nos Estados Unidos passou dois anos trabalhando em escolas católicas na Índia, apesar de um arcebispo americano ter informado o fato ao Vaticano, revelam documentos judiciais. [SAIBAMAIS]O arcebispo de Minnesota, Victor Balke, pediu ao Vaticano e ao arcebispado indiano em dezembro de 2005 uma intervenção, ao alertar que o padre Joseph Jeyapaul era um "sério risco" para as meninas e mulheres de sua paróquia na Índia, segundo uma carta divulgada por um advogado das vítimas em uma ação civil nos Estados Unidos. Apesar das advertências e dos esforços do procurador de Minnesota para obter a extradição sob as acusações de violação de menores, Jeyapaul permaneceu no cargo de secretário da Comissão de Educação da dioceses indiana de Ootacamund, segundo os registros judiciais. "Os únicos que sabiam que ele era um estuprador eram o arcebispo, o Vaticano e mais ninguém", disse Jeff Anderson, advogado de Minnesota que representa uma das vítimas. "Mas mantiveram isto em segredo preocupados em proteger a reputação dele e não as crianças que estão em grave perigo", completou. Jeyapaul - que trabalhou na diocese de Crookston, em Minnesota, em 2004 - foi acusado de violentar repetidamente uma jovem de 16 anos. Mas as acusações não foram tornadas públicas até que Jeyapaul voltou à India para visitar a mãe, que estava no leito de morte. A Congregação para a Doutrina da Fé respondeu ao arcebispo Balke cinco meses depois do envio da carta. A resposta foi de que entraram em contato com o arcebispo de Jeyapaul para "pedir que a vida sacerdotal do padre Jayapaul fosse monitorada para que não constituísse um risco para menores e não gerasse um escândalo entre os fiéis", destacam os documentos judiciais.

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