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Grupo de luxo francês Hermès é acusado de usar peles de animais

Uma organização de defesa dos animais lançou um apelo nesta terça-feira (6/4), em Jacarta, para que a empresa de artigos de luxo francesa Herm;s pare de utilizar peles de animais exóticos, como serpentes de lagartos, que algumas vezes - denunciou - são esquartejados vivos na Indonésia.

A fundação americana PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais), conhecida pela luta contra o uso de casacos de pele, apresentou à imprensa um vídeo que, afirma, foi feito em 2009 em uma área de produção de couro destinado à Herm;s.

O vídeo mostra lagartos degolados morrendo lentamente, bem como serpentes e jovens crocodilos, cujo couro é arrancado quando ainda estão vivos.

"Fazemos um apelo à Herm;s para que se comporte como um verdadeiro líder da indústria de luxo e garanta o bem-estar dos animais ", disse Ashley Fruno, responsável na Ásia da PETA.

A Indonésia é um dos principais países fornecedores de peles usadas na fabricação de bolsas e acessórios, acrescentou a organização.

"As leis de produção dos animais são frágeis e difíceis de fazer respeitar", destacou Ashley Fruno. Portanto, "é fácil caçar os animais exóticos nas regiões rurais" do imenso arquipélago.

"A única maneira de lutar contra esse tráfico é suprimir a demanda", avaliou.

Segundo a PETA, várias grandes marcas como Nike e H, já aceitaram deixar de fabricar produtos que usem peles de animais exóticos.