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Amorim defende acordo para que Irã pesquise energia nuclear

postado em 06/04/2010 20:53
Brasília - O Brasil defende que sejam criadas todas as condições para que o Irã dê a maior garantia possível de que a pesquisa nuclear a que o país tem direito não seja usada para outros fins, disse nesta terça-feira (6/4) o ministo das Relações Exteriores, Celso Amorim, durante audiência pública na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional do Senado.

"O que o Brasil quer", afirmou Amorim, "é que seja encontrado um acordo que tenha por base o que foi proposto pela Agência Internacional de Energia Atômica ao próprio Irã". Hoje, segundo o ministro, o Irã possui pouco mais de 1.200 quilos de urânio levemente enriquecido.

[SAIBAMAIS]Segundo o ministro das Relações Exteriores, é opinião unânime que para se ter um arsenal nuclear é preciso ter dez bombas. "Claro que uma só já é ruim", disse Amorim, mas Israel tem 200, os Estados Unidos têm 1.400 e o Reino Unido tem cerca de 400.

Segundo o ministro, a melhor garantia contra a proliferão de armas nucleares é o desarmamento. Esta, disse, é a posição que o Brasil defende no foro internacional e voltará a ser defendida em maio, durante conferência na Organização das Nações Unidas (ONU).

Enquanto houver um país com armamento nuclear, outro também vai querer se armar. No caso do Irã, a melhor garantia para o controle é a presença dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica pois sob essa supervisão, seria praticamente impossível que o Irã conseguisse transferir grandes quantidades de urânio para outros fins que não a pesquisa.

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