Agência France-Presse
postado em 07/04/2010 19:07
Grande parte dos bombeiros e socorristas nova-iorquinos que inalaram a poeira provocada pelo desmoronamento do World Trade Center, em 11 de setembro de 2001, não tiveram normalizadas suas funções pulmonares sete anos depois dos atentados terroristas, segundo um amplo estudo divulgado nesta quarta-feira.A pesquisa, feita com quase 13.000 socorristas e bombeiros da cidade de Nova York, se baseia em 62.000 medições individuais das capacidades respiratórias, informaram os autores do estudo, que será publicado na edição de 8 de abril do New England Journal of Medicine.
[SAIBAMAIS]"Estar no Marco Zero (o local dos atentados de 11 de setembro) foi uma experiência tão única que ninguém podia antecipar, então, o impacto sobre as funções pulmonares", disse o doutor David Prezant, professor de medicina da Faculdade Albert Einstein de Nova York e principal autor do estudo.
Os exames feitos nos bombeiros que trabalharam no local onde se erguiam as torres-gêmeas mostraram que uma grande quantidade deles sofreu uma forte redução das funções pulmonares nos seis meses posteriores ao 11 de setembro. Estas insuficiências persistiram durante os seis anos e meio seguintes.
Para Prezant e sua equipe, a missão prioritária é identificar as pessoas mais afetadas para fornecer-lhes os tratamentos que possam melhorar sua qualidade de vida e impedir a nova deterioração de suas funções pulmonares.