postado em 09/04/2010 17:56
Brasília ; Às vésperas da realização da Conferência Mundial de Segurança Nuclear, em Washington, nos Estados Unidos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deverá defender, mais uma vez, o direito do Irã de ter o seu próprio programa nuclear. Porém, Lula pretende reiterar que o programa nuclear iraniano deve ser respeitado desde que garanta que ele seja para fins pacíficos.Mas o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência da República, Marco Aurélio Garcia, disse nesta sexta-feira (9/4) que o tema sobre o Irã deverá ter suas discussões ampliadas durante as reuniões do Conselho de Segurança das Nações Unidas. O governo dos Estados Unidos defende a imposição de sanções contra o Irã por suspeitar que o país produza secretamente armamentos nucleares.
[SAIBAMAIS];A posição que o Brasil defende é clara: Não queremos que o Irã se envolva na produção de armamentos nucleares. Nós queremos que o Irã tenha direito de produzir energia nuclear especificamente para fins pacíficos como o Brasil, e ponto;, disse Garcia, depois de almoço oferecido ao presidente do Chile, Sebastián Piñera, no Itamaraty.
O assessor especial reagiu às críticas de parte da comunidade internacional à posição do governo brasileiro. Segundo ele, o Iraque era considerado um território perigoso por causa de sua suposta produção de armas químicas e acabou alvo de ataques promovidos pelo governo do então presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.
;O Iraque também era considerado não confiável porque tinha supostamente armas químicas aí se invadiu o país. Morreram centenas de pessoas e transformaram aquele país em um inferno e em território de terrorista;, disse. ;O que eu fico preocupado com o alinhamento que não tem respaldo internacional. Nós temos uma posição sensata que faltou nos últimos anos em questões como a do Iraque;, completou.