Agência France-Presse
postado em 12/04/2010 18:25
O governo da Venezuela criou, nesta segunda-feira (12/4), as primeiras "guerrilhas comunicacionais", como denominou grupos de jovens que serão capacitados para "democratizar" a informação divulgada e contra-atacar o "poder da imprensa privada".A nova ministra da Informação, Tania Díaz, participou de uma solenidade de juramento de um grupo de jovens pertencentes a estes "comandos".
"Há oito anos, enquanto estavam massacrando o povo, os meios privados de comunicação nada disseram. Então, o povo saiu às ruas e decidiu tomar a palavra para pedir a devolução do poder ao presidente legítimo Hugo Chávez", explicou, referindo-se ao golpe de Estado frustrado contra o presidente, de 11 de abril de 2002, que terminou com sua volta ao poder dois dias depois.
"Preparamo-nos durante oito anos para que isto não volte a acontecer, através de uma nova geração que possui mais ferramentas de comunicação", insistiu Díaz.
Segundo a chefe de governo do Distrito Capital, Jacqueline Faría, o objetivo desta "guerrilha" de comunicadores, que começará a funcionar em Caracas, é "revidar o grande poder dos meios privados".
[SAIBAMAIS]Para isso, todos os integrantes destes grupos, fundamentalmente jovens, serão formados em televisão, rádio, internet e redação, durante várias horas por semana. "Queremos que os comandos cheguem a cada esquina e rincão de Caracas para informar de forma verdadeira e oportuna", disse.
Segundo Diosdado Cabello, diretor da Conatel, órgão responsável pelas telecomunicações na Venezuela, serão usados neste projeto "todas as ferramentas ao alcance", incluindo redes sociais como Twitter.
Recentemente, Chávez anunciou que queria ter seu próprio blog para divulgar informação e comunicar-se com todo o mundo.