Agência France-Presse
postado em 15/04/2010 08:21
Os enviados das seis potências mundiais concluíram nesta quarta-feira um "construtivo" encontro para discutir sanções contra o Irã por seu polêmico programa nuclear, revelou o enviado chinês.
O evento a portas fechadas na Missão americana para as Nações Unidas incluiu enviados dos cinco países membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU - Estados Unidos, Grã-Bretanha, França, Rússia e China - e mais a Alemanha.
"Nós tivemos uma conversa muito construtiva", afirmou o embaixador chinês para a ONU, Li Baodong. "Agora temos um melhor entendimento da posição de cada país. Vamos continuar com esses encontros".
O embaixador da Rússia, Vitaly Churkin, se uniu ao coro que aprovou a reunião, chamando-a de "muito construtiva". Ele afirmou que o próximo encontro será muito em breve.
Diplomatas afirmaram que os enviados das quatro potências ocidentais estavam tentando conquistar o apoio de Rússia e China para uma quarta resolução de sanções, com o objetivo de persuadir Teerã a deter seu programa de enriquecimento de urânio.
Na pauta do encontro estava um rascunho com as ações da resolução com sanções em cinco áreas: embargo de venda de armas, energia, navegação marítima, finanças, e medidas punitivas contra os Guardas de Revolução iranianos, afirmou antes da reunião um diplomata próximo ao caso.
"Começamos a negociar com a base do texto americano", afirmou o embaixador francês, Gerar Araud. "Todos os seis países estão incluídos. Estamos andando para frente".
Araud também considerou as conversas "muito construtivas".
Os Estados Unidos e seus aliados ocidentais acreditam que o Irã está enriquecendo urânio e encobrindo a construção de armas nucleares, uma acusação que os iranianos negam.
Diplomatas insinuaram que uma votação por todos os 15 membros do Conselho pode não ocorrer até junho.
Mais cedo, o diretor político do departamento de Estado, William Burns, afirmou que os Estados Unidos trabalham "duro para adotar medidas concretas" que permitam "reforçar e ampliar as sanções já tomadas" e apontar, assim, "os centros de decisões estratégicos" do Irã.