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Corte de Haia define hoje impasse entre Argentina e Uruguai por causa de fábricas de celulose

postado em 20/04/2010 12:03
Brasília ; O Tribunal Internacional de Justiça, a Corte de Haia, órgão judicial ligado às Nações Unidas, define nesta terça-feira (20/4) uma pendência que dura quatro anos e divide o Uruguai e a Argentina. É a construção de fábricas de celulose na região do rio Uruguai, na fronteira entre os dois países. O conflito afetou o turismo e a economia dos dois países. Ligados historicamente, os dois países passaram a travar uma disputa judicial tensa e conflituosa.

O tema envolve diretamente o Mercosul, porque o Brasil é acusado pelos dois governos de evitar posicionamento sobre o assunto. Os argentinos afirmam que os uruguaios são suspeitos de violação do Estatuto do Rio Uruguai, ao autorizar a construção das fábricas sem consulta prévia ao governo da Argentina. A leitura do acórdão está prevista para a tarde de hoje.

Pelo estatuto, os governos dos dois países devem informar sobre suas decisões, pois a região é de interesse de ambos. No entanto, os uruguaios têm outra interpretação da legislação. Os argentinos acusam ainda que a instalação das usinas provocou intensa poluição na região, mas os uruguaios negam, informando que a tecnologia adotada evita este tipo de acontecimento.

O julgamento em Haia, na Holanda, é acompanhado por autoridades dos dois governos ; do Uruguai e da Argentina. O ministro dos Negócios Estrangeiros da Argentina, Jorge Taiana, afirmou que espera justiça do Tribunal de Haia. As informações são da agência oficial de notícias da Argentina, a Telam.

;Esperamos uma decisão em que se reconheça o aspecto essencial desta controvérsia, que é a importância do Estatuto do Rio Uruguai e a obrigação dos Estados [Argentina e Uruguai] de seguirem o que está definido lá;, disse Taiana. O julgamento está sendo noticiado pelas agências oficiais dos dois países.

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