postado em 22/04/2010 18:13
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse na Bolívia, onde se celebra uma conferência climática alternativa, que a próxima Cúpula do Clima da ONU, prevista para dezembro, no México, será um "cenário de batalha" e que está disposto a financiar os movimentos sociais para que compareçam ao encontro.Chávez, que participa da Conferência Climática dos Povos, convocada pelo colega boliviano, Evo Morales, na cidade de Cochabamba (centro), disse que no México as potências industrializadas, com os Estados Unidos à frente, "buscarão impôr o documento de Copenhague, que não reúne princípios básicos para salvar a Terra".
"O que vai haver em Cancún é outra batalha", antecipou Chávez, para quem a mobilização de todos os movimentos sociais do mundo deve ser financiada com a finalidade de pressionar porque "este problema é político, muito mais que meramente ambiental".
[SAIBAMAIS]"Nós vamos a Cancún, não acho que nos impeçam", disse o presidente venezuelano, destacando que os Estados Unidos fazem uma "chantagem" para que as nações que se opõem ao Acordo de Copenhague, firmado em dezembro passado, o assinem no México.
Neste último dia da conferência alternativa do clima, Chávez se uniu a Morales contra as nações industrializadas, às quais os dois acusam de serem os principais causadores do aquecimento global.
"Socialismo ou babárie; o capitalismo é a barbárie, e o único caminho para a salvação da espécie humana é o socialismo", disse Chávez, criticando o acordo alcançado em Copenhague porque, segundo ele, carece de consensos.
As principais resoluções da reunião alternativa se referem à formação de um tribunal de Justiça Climática para punir as nações do mundo, transnacionais e particulares que causem danos ao meio ambiente, bem como a realização de um referendo mundial em 2011 para mudar o modelo "capitalista de consumismo e superprodução".