ASSUNÇÃO - O Congresso do Paraguai aprovou um estado de exceção válido por 30 dias em cinco departamentos (províncias) do norte do país para combater a violência desatada por um grupo armado de esquerda, informaram oficialmente, este sábado, fontes parlamentares.
A medida foi aprovada por unanimidade pelo Senado, após modificações introduzidas pela Câmara de Deputados, na sexta-feira.
O assessor jurídico da Presidência, Emilio Camacho, disse à rádio Ñandutí que o presidente Fernando Lugo "analisará as mudanças introduzidas antes de promulgar o estado de exceção".
O estado de exceção, que prevê suspensão parcial das garantias constitucionais, afeta os departamentos de Concepción, San Pedro, Amambay, Presidente Hayes e Alto Paraguai, regiões eminentemente rurais, onde vivem 800.000 pessoas.
A excepção permitirá a atuação operacional das Forças Armadas no combate a membros do Exército do Povo Paraguaio (EPP), grupo que sequestrou dois ricos fazendeiros em 2008 e 2009 e ao qual se atribui o assassinato de quatro policiais na quarta-feira passada.
A reação das autoridades paraguaias tem relação direta com a morte dos policiais na localidade conhecida como Arroyito, 500 km ao norte, no departamento de Concepción.