postado em 25/04/2010 11:04
Os austríacos comparecem às urnas neste domingo para eleger o presidente, com o atual chefe de Estado, o social-democrata Heinz Fischer, como favorito diante da candidata de extrema direita Barbara Rosenkranz, que passou toda a campanha obrigada a retificar declarações polêmicas.
Os locais de votação abriram as portas às 7H00 locais (2H00 de Brasília) e fecharão às 17H00 (12H00 de Brasília).
A reeleição de Fischer, de 71 anos, para um segundo mandato de seis anos é praticamente certa, com uma estimativa de 80 a 82% dos votos, segundo as pesquisas.
Mas as atenções estão voltadas para o resultado de Rosenkranz, em um contexto de crescimento gradativo da ultradiretia em todas as votações desde as legislativas de 2008.
De acordo com as pesquisas, Rosenkranz, de 51 anos, receberia de 13 a 16% dos votos.
A campanha foi agitada pelas declarações da candidata de ultradireita, já que um primeiro momento ela afirmou ser favorável a uma reforma da lei que reprime as atividades neonazistas e as opiniões que negam o genocídio dos judeus, em nome do respeito da liberdade de expressão.
Mas ela teve que retificar as posições, sob a pressão das críticas vindas inclusive de seu próprio partido.
Outro candidato, Rudolf Gehring, 61 anos, líder do partido cristão CPÖ, fez campanha com posturas antiaborto, e obteria entre 4% e 5% dos votos.
O cargo de presidente da Áustria é honorífico e moral, apesar de ser o único governante eleito diretamente pelos compatriotas. Entre suas funções está a designação do chanceler (chefe de Governo), levando em consideração os resultados das eleições legislativas.
Em 2004, Fischer derrotou a candidata conservadora Benita Ferrero-Waldner, que mais tarde foi nomeada comissária europeia das Relações Exteriores, por 52,39% a 47,61% dos votos.