postado em 26/04/2010 09:37
Brasília ; Por orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, se reúne nesta terça-feira (27/4) com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad. O objetivo é reiterar o apoio do governo do Brasil aos esforços por um acordo negociado para evitar sanções aos iranianos em decorrência de seu programa nuclear.Diplomatas que acompanham as conversas de Amorim em Teerã informaram à Agência Brasil que foram positivas e fundamentais as reuniões das quais Amorim participou nesta segunda (26/4) com presidente do Parlamento, Ali Larijani, o ministro das Relações Exteriores do Irã, Manouchehr Mottaki, o secretário-geral do Conselho Supremo de Segurança Nacional, Said Jalili.
Na semana passada, Lula definiu como estratégia a visita de Amorim à Turquia, à Rússia e ao Irã. No próximo dia 15, o presidente irá a Teerã. Porém, ele considera fundamental manter antecipadamente uma série de reuniões diplomáticas em favor de negociações que impeçam sanções contra o Irã por causa de seu programa nuclear.
[SAIBAMAIS]No fim de semana, Amorim conversou com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davotoglu. Ao final da conversa, o chanceler brasileiro afirmou que: ;É muito importante alcançar uma solução pacífica e negociada para esse tema. Ainda acredito que isso seja possível. Não é fácil, mas é possível;.
No último dia 19, Davotoglu ao visitar Teerã reafirmou o objetivo de seu governo em contribuir com um acordo que evite sanções ao Irã. Na conversa com Amorim, ambos discutiram as alternativas possíveis que visam a aumentar a confiança das partes em torno da proposta de troca de urânio enriquecido por combustível para o reator de pesquisa de Teerã e sobre formas de reativar o processo negociador sobre o tema.
Porém, aumentam as pressões internacionais lideradas pelo presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, para aprovar, no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), medidas punitivas contra o Irã. De acordo com integrantes do governo Obama, o programa nuclear do Irã mantém de forma secreta a fabricação de armas atômicas. O presidente Ahmadinejad nega as suspeitas.
A campanha capitaneada pelos Estados Unidos conta com o apoio da Inglaterra, França e Alemanha. Recentemente, a Rússia demonstrou ser favorável ao que chamou de sanções inteligentes. A China resiste. Os cinco países são membros permanentes do conselho e têm direito a voto. A expectativa é de que as discussões no órgão ocorram em maio.