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Cuba prepara passeata no dia 1º de maio contra 'intromissão' dos EUA

Agência France-Presse
postado em 26/04/2010 15:53
A Central de Trabalhadores de Cuba (CTC, única) convocou nesta segunda-feira (26/4) seus três milhões de seguidores a tomar as praças do país no próximo dia 1; de maio, em repúdio ao que chama de "hipócrita campanha de difamação" dos Estados Unidos e Europa contra a ilha.

"Todos ao desfile! Contra a ingerência ianque e da União Europeia! Unidade", afirmou a CTC, na convocação publicada na imprensa local, na qual chamou os trabalhadores cubanos a "inundar" no próximo sábado as praças públicas e parques de toda a ilha.

"No dia Primeiro de Maio os cubanos desfilarão em massa, não apenas para festejar o Dia Internacional dos Trabalhadores", para "reafirmar nosso categórico respaldo à Revolução, ao Partido (Comunista, PCC, único), a Fidel e a Raúl" Castro, acrescentou a Central de Trabalhadores.

Destacou que a passeata será realizada "em um momento em que os inimigos da Revolução, apoiados pelos grandes meios de comunicação de massa, teceram uma hipócrita campanha de difamação, com a cumplicidade de seus agentes internos (opositores) pagos com fundos do governo americano e com participação de seus sócios europeus".

Segundo a CTC, essa campanha "pretende enganar o mundo", mostrando uma Cuba que "não respeita os direitos humanos nem a vida".

A central sindical se referia às críticas e repercussão midiática desencadeadas após a morte, no dia 23 de fevereiro, do preso político Orlando Zapata, após uma greve de fome de quase três meses, na qual pedia melhores condições carcerárias, e a greve de 62 dias realizada pelo dissidente Guillermo Fariñas pela libertação de 26 presos políticos doentes.

A passeata "será a resposta contundente que a pátria pede de todos atualmente", afirmou a CTC.

As mobilizações de multidões, instauradas pelo líder comunista Fidel Castro desde a vitória da revolução, em 1959, desapareceram com a chegada de seu irmão Raúl à presidência, em julho de 2006.

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