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Americana acusada de roubo de crianças será julgada no Haiti

Agência France-Presse
postado em 27/04/2010 08:10
A líder de um grupo de 10 missionários americanos que tentou, após o terremoto de janeiro, retirar do Haiti 33 crianças sem documentos será julgada em Porto Príncipe por tentativa de "viagem irregular", afirmou à AFP um dos advogados de defesa.

"A ordem do juiz de instrução foi comunicada na segunda-feira à promotoria de Porto Príncipe", disse Louis Ricardo Chachoutte, advogado da missionária batista Laura Silsby.

"Laura deverá permanecer na prisão para ser julgada no tribunal correcional por viagem irregular no Haiti", completou o advogado.

Silsby é apontada como a líder do grupo de 10 batistas americanos indiciados em fevereiro no Haiti por "sequestro de crianças" e "associação para delinquir". Os outros nove foram liberados.

Os 10 americanos, de uma igreja batista de Idaho (noroeste dos EUA), foram detidos em 29 de janeiro no Haiti, quando tentavam atravessar a fronteira para a República Dominicana com 33 crianças haitianas sem a documentação necessária.

Os missionários afirmaram que os menores eram órfãos, mas ficou comprovado que a maioria das crianças tinha família.

Alguns pais afirmaram ter cedido voluntariamente os filhos pela falta de condições de cuidar das crianças após o terremoto de 12 de janeiro, que destruiu grande parte da capital haitiana e matou 220 mil pessoas.

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