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EUA aprovam incêndio no mar para conter vazamento de petróleo

Agência France-Presse
postado em 28/04/2010 12:20
As autoridades americanas aprovaram que se recorra a um incêndio controlado para proteger o litoral ecologicamente frágil de um vazamento de petróleo que se expande no Golfo do México depois do afundamento de uma plataforma petroleira, informou nesta quarta-feira o serviço da Guarda Costeira.

A drástica decisão de atear fogo no mar é vista como uma intervenção necessária devido à gigantes maré negra de petróleo que avançou a até uma distância de 37 km dos pântanos da Louisiana, um importante santuário para aves aquáticas e outras espécies da vida selvagem.

Os estados sulistas da Flórida, Alabama e Mississippi se preparam ante a possibidade de que as praias e áreas pesqueiras, cruciais para a economia na região, se vejam afetadas pelo lodo oleoso derivado do gigantesco vazamento de 965 km de circunferência. "O comandante da área aprovou plano para um incêndio in situ e está falando com os sócios da comunidade e da indústria", informou o porta-voz da Guarda Costeira, Tom Atkeson, à AFP. "O incêndio poderá ser realizado ainda hoje".

[SAIBAMAIS]Quatro robôs submarinos da companhia de petróleo britânica BP tentavam dede segunda-feira conter o vazamento de combustível. A plataforma "Deepwater Horizon" afundou na quinta-feira passada, dois dias após uma explosão que deixou 11 trabalhadores desaparecidos.

Imagens de satélites mostraram que a mancha se estendeu no domingo quase 50%, passando de 1.035 km2 a 1.550 km2.

Apesar da extensão, os técnicos da empresa afirmaram que 97% da mancha não passa de uma fina camada na superfície do mar. A BP, que administra a plataforma, inicialmente havia informado não ter detectado vazamentos de petróleo, mas um robô submarino detectou no sábado dois buracos no conector que liga o poço à plataforma.

O porta-voz da BP, Ron Rybarczyk, afirmou que o vazamento, a 1.500 metros de profundidade, está liberando 1.000 barris de petróleo por dia no oceano.

"É um vazamento muito grave", advertiu o suboficial Erik Swanson, porta-voz da Guarda Costeira americana.

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