"Havia estudantes, de escolas e universitários atirando pedras e enfrentando os policiais que, por sua vez, lançaram bombas de gás lacrimogêneo e jatos de água de um veículo da tropa para dispersá-los", contou à AFP uma testemunha, que pediu para não ser identificada.
O confronto terminou com dezenas de detidos e ao menos um ferido pelo impacto de uma bomba de gás lacrimogêneo contra o peito, relataram alguns estudantes.
O protesto foi convocado após um terceiro aumento nas tarifas em três anos, quando começou a operar o novo sistema de transportes, conhecido como Transantiago.
As tarifas subiram para 430 pesos (0,82 dólares) em horário normal e 490 pesos (0,93 dólares) na hora de pico. É esperada uma nova alta para maio.
O Transantiago, que é operado por empresas privadas em conexão com o estatal ferrocarril metropolitano desde o dia 10 de fevereiro de 2007, não conseguiu se manter e opera em déficit, principalmente pela alta evasão no pagamento das passagens.
Os problemas de financiamento obrigaram o governo anterior, de Michelle Bachelet, a criar uma lei de subsídio aprovada em 2009, que disponibilizou um montante de 783 bilhões de pesos (cerca de 1,5 bilhão de dólares) até 2014.