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Veterano do Iraque e Afeganistão é acusado de causar tumulto em voo

Agência France-Presse
postado em 28/04/2010 18:40
Um veterano condecorado das guerras no Iraque e Afeganistão foi acusado nesta quarta-feira (28/4) nos Estados Unidos por perturbar com ameaças de bomba um voo vindo de Paris, que precisou fazer um pouso de emergência no Maine.

Derek Stansberry, de 27 anos, pode pegar até 20 anos de prisão se for considerado culpado de tumultuar na terça-feira um voo da Delta com destino a Atlanta (Geórgia) fingindo possuir explosivos, indicou o Ministério Público.

"Proferir ameaças de bomba em um avião e perturbar a tripulação são crimes sérios, que têm sérias consequências", disse a promotora do Maine (nordeste), Paula Silsby.

O drama em pleno voo, provocado por Stansberry, neutralizado por três agentes federais que estavam a bordo, terminou com o avião da Delta desviado para o aeroporto internacional do Maine, por causa do passageiro "bagunceiro".

Stansberry, que parecia estar sob a influência do poderoso sedativo Ambiens, na realidade não tinha nenhuma bomba.

Os serviços de segurança americanos, já traumatizados desde os ataques de 11 de setembro de 2001, estão em alerta desde a tentativa de um atentado a bomba em um avião com destino a Chicago no dia de Natal de 2009.

Em outro incidente, um avião da Continental Airlines com destino a Washington foi desviado nesta quarta-feira para a Carolina do Norte após uma mensagem ameaçadora ter sido encontrada no espelho de um dos banheiros.

O detalhe assombroso do incidente da Delta foi a revelação de que o suspeito era nada menos que um ex-agente de inteligência da Força Aérea dos Estados Unidos, condecorado com várias medalhas por sua valentia.

Os promotores garantem que Stansberry entregou uma mensagem escrita a um tripulante dizendo que não era um cidadão americano, que seu passaporte era falso e pedindo que "por favor, faça com que minha família saiba a verdade".

O tripulante entregou a mensagem aos agentes federais presentes no voo e Stansberry foi detido. Segundo os promotores, "ele chegou a declarar aos agentes que tinha dinamite nas botas, que estavam em sua mochila. Também disse ter explosivos em seu computador portátil".

Os agentes federais levaram a situação a sério e transferiram o computador e as botas para a parte traseira do avião, cobrindo-os com almofadas e cobertores.

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