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Uruguai não confirma apoio a Kirchner para Secretaria-Geral da Unasul

postado em 30/04/2010 10:26
Brasília - O governo do Uruguai ainda não decidiu se apoiará a candidatura do deputado argentino Néstor Kirchner ao cargo de secretário-geral da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), ocupado temporariamente pelo presidente do Equador, Rafael Correa. Segundo informações do site oficial do governo uruguaio, o ministro das Relações Exteriores do país, Luís Almagro, disse que a decisão será tomada na reunião da Unasul que começará na segunda-feira (3/4) em Los Cardales, cidade argentina a 60 quilômetros (km) de Buenos Aires.

A Unasul, em que participam Argentina, Brasil, Paraguai, Uruguai, Venezuela, Bolívia, Colômbia, Equador, Peru, Chile, Suriname e Guiana, foi criada oficialmente em 2008, em Brasília. O objetivo é coordenar a atuação política, econômica e social dos países que a integram ; principalmente nas áreas de energia, telecomunicações, ciência e educação ;, além da adoção de mecanismos financeiros conjuntos.

Desde a criação da Unasul, o cargo de secretário-geral é ocupado temporariamente por um dos presidentes dos países que compõem a entidade. Na quarta-feira (28), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Hugo Chávez, da Venezuela, concordaram, durante entrevista coletiva no Itamaraty, que a partir da próxima semana, durante reunião na Argentina, a Unasul elegerá o secretário-geral.

Mesmo sem citar o nome de Néstor Kirchner, Lula e Chávez, na opinião de analistas internacionais, apoiam a candidatura do deputado argentino. Na mesma coletiva, os presidentes afirmaram que a Unasul está consolidada e continuará seu processo de institucionalização.

A reunião da Unasul discutirá não apenas a eleição do secretário-geral. Os 12 presidentes do bloco deverão analisar a formação de um fundo de ajuda sul-americano para a reconstrução do Haiti e a posição da Unasul sobre a escolha do presidente de Honduras, Porfirio Lobo. Vários países da América do Sul e do mundo ainda não reconhecem o governo de Lobo, que sucedeu Manuel Zelaya no cargo.

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