postado em 02/05/2010 11:20
O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, viajou hoje (2) pela manhã para Nova York, nos Estados Unidos. Ele participa da abertura da 8ª Conferência Mundial de Revisão do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP), promovida pela Organização das Nações Unidas (ONU). Ahmadinejad vai defender o direito de o Irã desenvolver o seu programa nuclear, informando que ele tem fins pacíficos, diferentemente das suspeitas de que esconderia a produção de armas atômicas.
As informações são da agência oficial de notícias iraniana, a Irna. A presença de Ahmadinejad nos Estados Unidos foi tema de várias discussões ao longo da última semana. O iraniano chega a Nova York no momento em que o governo norte-americano lidera uma campanha internacional para a imposição de sanções ao Irã por suspeitar que o programa nuclear esconda a produção de armas.
De acordo com a agência Irna, para Ahmadinejad é fundamental ainda discutir as garantias de segurança a serem dadas por países que têm arsenais nucleares para os demais não dotados de armamentos. Segundo a imprensa oficial, o presidente iraniano vai se posicionar sobre a questão da não proliferação de armas nucleares, o desarmamento e a utilização pacífica da energia nuclear.
Ahmadinejad viajou acompanhado pelo ministro das Relações Exteriores, Manouchehr Mottaki, o conselheiro sênior do governo, Mojtaba Samareh Hashemi, o chefe da Organização de Energia Atômica, Ali-Akbar Salehi, o chefe de gabinete da Presidência da República, Esfandiar Rahim Mashaee, e o assessor de imprensa da Presidência, Ali-Akbar Javan Fekr.
De acordo com a agência Irna, Ahmadinejad pretende ainda valorizar o TNP e descrever em detalhes o programa nuclear pacífico. O iraniano vai lembrar que vários países não assinaram o tratado, entre eles o governo de Israel %u2013 um de seus alvos principais de críticas %u2013, e mantêm um %u201Crico arsenal militar%u201D.
Durante a conferência de revisão do TNP, Ahmadinejad quer ainda apresentar as suas propostas em nome do Irã e dos países não alinhados aos Estados Unidos. Os 22 países da Liga Árabe atuarão como nações não alinhadas.