O presidente Barack Obama qualificou neste domingo (2/5) de "potencialmente sem precedentes" os danos ecológicos e econômicos causados pelo derramamento de petróleo na vulnerável costa do Golfo do México.
Obama, que realiza uma visita ao estado da Louisiana, atingido pela maré negra, afirmou ainda que a companhia britânica BP é claramente "responsável" pelo enorme derramamento de petróleo e deverá pagar pela limpeza.
"Então me deixem ser claros: BP é responsável por esse vazamento e vai pagar a conta", disse Obama aos jornalistas. "Mas, como presidente dos Estados Unidos, não vou economizar esforços para reagir a esta crise pelo tempo que for necessário".
Quanto aos danos causados pelo vazamento, o presidente afirmou: "Agora, eu acredito que os americanos estão cientes, certamente o povo do Golfo está ciente, de que estamos lidando com um grande e potencialmente sem precedentes desastre ambiental".
"O petróleo que ainda está vazando pode danificar seriamente a economia e o meio-ambiente de nossos estados do Golfo", explicou, acrescentando: "Isso pode durar por muito tempo. Isso pode pôr em perigo a subsistência de milhares de americanos que chamam esse lugar de casa", disse.
O presidente rebateu as críticas sobre a lenta reação das autoridades ao destacar que "o governo federal liderou e coordenou uma intervenção na qual todos os atores estão totalmente envolvidos desde o primeiro dia".
A catástrofe ambiental foi deflagrada no dia 22 de abril, com o afundamento de uma plataforma de petróleo da BP no Golfo do México.
Os fortes ventos e o mar agitado interromperam no sábado as operações dos barcos encarregados de conter a maré negra, que já alcançou a costa e ameaça se tornar uma das piores catástrofes ecológicas da história dos Estados Unidos.
Apesar de todos os esforços, "a mãe natureza não está cooperando", declarou a secretária de Segurança Interna, Janet Napolitano. "As condições meteorológicas impedem a queima (do petróleo) no mar, sua recuperação ou qualquer outra operação".
O almirante da Guarda Costeira Thad Allen, designado no sábado por Obama para dirigir as operações, revelou que as equipes de intervenção esperam "uma oportunidade" para retomar a queima de partes da maré negra.
Segundo Allen, as equipes trabalham contra o tempo, já que o vazamento pode aumentar e chegar "aos 16 milhões de litros por dia", algo muito superior à estimativa de 800 mil litros diários.
A BP trabalha em três frentes para deter o vazamento: seis robôs submarinos tentam fechar a válvula do poço, que pesa 450 toneladas, a companhia iniciou a perfuração de poços secundários para reduzir a pressão e injetar uma substância para fechar definitivamente o poço; e está construindo uma enorme "cúpula", de 70 toneladas, para colocá-la no fundo do mar e canalizar a saída do petróleo.
O presidente da BP América, Lamar McKay, já admitiu que o acidente com a plataforma foi provocado por uma "peça defeituosa".
O secretário americano de Assuntos Internos, Ken Salazar, confirmou hoje que "não há dúvidas de que o mecanismo da válvula preventiva da base do poço apresentou defeito".
O aumento da área atingida pelo petróleo deflagrou o estado de emergência na Louisiana, Flórida, Alabama e Mississippi.
A costa da Louisiana é um santuário de fauna, particularmente de aves marinhas, e a da Flórida abriga uma enorme indústria pesqueira e turística.
A plataforma ;Deepwater Horizon; continha 2,6 milhões de litros de petróleo armazenados e extraía cerca de 1,27 milhão de litros por dia.
[SAIBAMAIS]"O petróleo que ainda está vazando pode danificar seriamente a economia e o meio-ambiente de nossos estados do Golfo", explicou, acrescentando: "Isso pode durar por muito tempo. Isso pode pôr em perigo a subsistência de milhares de americanos que chamam esse lugar de casa", disse.
A maré negra no Golfo do México, provocada pelo afundamento de uma plataforma petroleira do grupo britânico BP, no dia 22 de abril, alcançou a costa da Louisiana e ameaça se tornar uma das piores catástrofes ecológicas da história dos Estados Unidos.
O aumento da área atingida pelo petróleo deflagrou o estado de emergência na Louisiana, Flórida, Alabama e Mississippi.
A costa da Louisiana é um santuário de fauna, particularmente de aves marinhas, e a da Flórida abriga uma enorme indústria pesqueira e turística.
A plataforma ;Deepwater Horizon; continha 2,6 milhões de litros de petróleo armazenados e extraía cerca de 1,27 milhão de litros por dia.