postado em 06/05/2010 19:11
Brasília ; O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai participar da 6; Cúpula da União Europeia, América Latina e Caribe, em Madri, entre os dias 17 a 19 de maio. A reunião chegou ser ameaçada de esvaziamento, mas o presidente brasileiro e de outros países latino-americanos irão participar do encontro.Especialistas na área internacional disseram que a mudança foi causada pela decisão do presidente de Honduras, Porfirio ;Pepe; Lobo, de participar apenas do último dia de reuniões, afastando a possibilidade de cruzar com demais líderes.
Nest terça-feira (4/5), durante a reunião da União de Nações Sul-Americanas (Unasul), Lula e mais nove presidentes sinalizaram que poderiam boicotar o encontro em Madri, caso Pepe Lobo insistisse em participar das discussões. Desde o ano passado, Honduras está suspensa da Organização dos Estados Americanos (OEA) por causa do golpe de Estado no país que depôs o presidente Manuel Zelaya.
Para Lula e outros presidentes latino-americanos, a vitória de Pepe Lobo nas eleições de novembro de 2009 não é legítima, porque ocorreu no ambiente do golpe de Estado. Lula defende a concessão de anistia também para Zelaya e seus correligionários, como ocorreu com os integrantes do Congresso Nacional, da Suprema Corte e das Forças Armadas que promeveram o golde de Estado.
A Unasul é integrada pelo Brasil, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Guiana, Equador, Paraguai, Peru, Suriname, Uruguai e Venezuela. De acordo com especialistas em temas internacionais, Pepe Lobo comparecerá apenas ao último dia de discussões da reunião ; dia 19 ; que é destinado aos temas de Caribe.
Nesta 6; cúpula o assunto que deverá predominar é a retomada das negociações entre os blocos da União Europeia e do Mercosul. Os países do bloco sul-americano apresentaram propostas de abertura no setor industrial e aguardam que os europeus indiquem compensações na área agrícola.
Em nota divulgada pelo Itamaraty, o governo informou que mantém expectativas para a possibilidade de ;alcançar um acordo de livre comércio compreensivo e equilibrado;. Segundo a nota, as exportações do Mercosul à União Europeia atingiram, em média, US$ 55 bilhões, no período de 2006 a 2008 ; ou seja 20% das exportações totais ao mundo. Também informou que os países da União Europeia são os principais investidores diretos em nossa região.
;Um acordo de associação não apenas permitirá fortalecer estas correntes comerciais, mas também abrirá novas oportunidades para os setores produtivos do Mercosul no importante mercado comunitário. Ao mesmo tempo, a negociação com a União Europeia servirá para vitalizar o processo de aperfeiçoamento da União aduaneira do Mercosul;, diz a nota.