postado em 07/05/2010 13:07
Brasília ; O presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerra sua visita ao Irã, no próximo dia 17, ao participar de uma reunião do chamado G15 ; que reúne os países não alinhados -, em Teerã. Um dos assuntos que deve predominar nas discussões é o debate internacional sobre o desenvolvimento do programa de energia nuclear iraniano. Antes, porém, Lula deverá assinar uma série de acordos bilaterais em áreas como agricultura, etanol, medicamentos e tecnologia.Na reunião do G15, além de Lula e do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, representantes de mais 16 países estarão presentes: Argélia, Argentina, Chile, Egito, Índia, Indonésia, Jamaica, Quênia, Nigéria, Malásia, México, Peru, Senegal, Sri Lanka, Venezuela e Zimbabwe. O Irã entrou para o grupo durante a Cúpula dos Não Alinhados, em 2006, em Cuba.
[SAIBAMAIS]Lula viaja no próximo dia 15 para o Irã. Ele ficará dois dias em Teerã e segue acompanhado por uma comitiva de ministros e empresários. De acordo com o embaixador, vários atos de cooperação serão firmados durante a visita. ;Eu acredito e tenho esperança de que a viagem de Lula vai gerar grandes avanços para o bem-estar e desenvolvimento na promoção de várias atividades dos dois países e também no sentido internacional;, disse ele.
Os acordos envolvem as mais diversas áreas: agricultura, técnica, meio ambiente, veterinária, esportes, estandes industriais, de turismo, de políticas industriais, de energia, eletricidade, geologia, de produção de etanol, de comunicação, de produção de medicamentos, de mineração, entre outros.
;O presidente Lula é um líder valioso mundial. No Irã, estão sendo feitos todos os esforços para dar uma recepção calorosa a ele. A população iraniana e o governo do Irã têm um grande afeto pelo presidente Lula e pela população brasileira;, disse o embaixador.
No mês passado, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Miguel Jorge, visitou o Irã acompanhado por uma comitiva de 86 empresários brasileiros. Do Brasil, os iranianos se interessam principalmente pela carne bovina, o frango inteiro com menos de 1 quilo, milho, açúcar de cana, farelo e óleo de soja. Tem aumentado também o interesse pelo etanol e a construção civil.
No ano passado, as exportações brasileiras para o Irã totalizaram US$ 1,2 bilhão. Comparando com 2008, quando as vendas externas foram da ordem de US$ 1,1 bilhão, aumentaram 7,5%. As exportações para o mercado iraniano representaram 0,8% do total exportado pelo Brasil no período.
Os iranianos sofrem com uma elevada inflação, que no ano passado registrou 18%, e a falta de emprego formal, com a maioria dos empregados no mercado informal. Também há queixas sobre o programa interno de subsídios domésticos para alimentos e combustíveis. Para o cidadão comum, o nível de vida no país é considerado elevado, segundo especialistas.