Agência France-Presse
postado em 07/05/2010 13:55
Enquanto a Europa lembra o 65; aniversário do fim da Segunda Guerra Mundial, a Alemanha inaugura um museu em Berlim dedicado aos crimes nazistas, próximo ao monumento construído em homenagem aos judeus europeus assassinados, inaugurado há cinco anos.O museu "Topografia do Terror", está localizado nos números 8 e 9 da Prinz Albrecht Strasse, o lugar onde ficava o quartel general da Gestapo, a polícia secreta nazista, e da SS.
Em torno de 15 mil pessoas, inimigos reais ou imaginários do Führer, foram presos entre 1933, data em que Hitler subiu ao poder, e o fim da guerra, em 1945.
Depois da guerra, o que restava dos edifícios foi demolido e no lugar permaneceu um terreno baldio, ao lado do Muro de Berlim, até a reunificação alemã há 20 anos.
"Queremos que a História seja visível", afirmou o diretor do novo museu, o rabino e historiador Andreas Nachama.
"A ;Topografia do Terror; não é um memorial, mas um lugar onde podemos aprender, um lugar associado aos culpados", completou.
O novo museu, que custou 23 milhões de euros, substitui uma exposição temporária que atraía meio milhão de visitantes por ano.
Construído sobre os antigos sótãos da Gestapo - único vestígio dos edifícios originais -, o museu de dois andares, em vidro e aço, dá a impressão de estar flutuando sobre o chão.
Nas paredes há fotos de líderes nazistas, de pessoas presas pela Gestapo, assim como de execuções, e placas que tentam explicar os esforços feitos no pós-guerra para julgar os culpados.
A cerca de 100 metros do museu, encontra-se o monumento aos judeus assassinados na Europa, inaugurado há exatamente cinco anos.
O monumento, cujos 2.700 cubos de concreto cobrem uma superfície equivalente a um estádio de futebol, conta com uma exposição subterrânea que recebeu mais de 2,3 milhões de visitantes desde 2005, segundo seu diretor, Uwe Neum;rker.
O lugar está entre as dez principais atrações turísticas de Berlim, segundo o Escritório de Turismo da cidade.
"Sempre pensamos que era algo que devia ser construído, mas não imaginávamos que teríamos tanto êxito", afirmou Lea Rosh, uma jornalista vinculada ao projeto desde o início.
"Não existem crimes comparáveis na história da humanidade. Mas nenhum país do mundo documentou seus crimes de forma tão exaustiva como a Alemanha", completou.