Agência France-Presse
postado em 09/05/2010 13:36
A coalizão conservadora-liberal da chanceler Angela Merkel perdeu neste domingo (09/05) as cruciais eleições na Renânia do Norte-Westfália, e por isso a maioria na câmara alta do parlamento federal (Bundesrat), segundo pesquisas de boca de urna das emissoras alemães.As Uniões Cristãs teriam obtido 34% dos votos e seu aliado, o partido liberal FDP, 6,5%, segundo o canal de televisão ZDF.
O ARD, outro canal estatal, atribiu a eles respectivametne 34,5% e 6,5% dos votos.
Por isso, a CDU e o FDP não poderão formar governo sozinhos na Renánia do Norte-Westfália.
De acordo com esses canais, os Verdes obtiveram 12,5% dos votos, e o partido de esquerda radical Die Linke superaria o limite dos 5%, o que permitirá a ele entrar no parlamento regional com 5,5% ou 6%.
Cerca de 13,5 milhões de eleitores foram convocados às urnas no Estado mais povoado da Alemanha para eleger seu parlamento regional.
Ao não ser reeleita, a coalizão de conservadores e liberais dirigida por Merkel desde outubro em Berlim perde sua maioria na Bundesrat, a câmara alta do Parlamento que representa aos Landers.
Merkel se verá obrigada a buscar acordos com a oposição social-democrata (SPD) para conseguir a aprovação de suas decisões políticas.
O partido conservador da chanceler alemã temia sofrer uma derrota nesta eleição devido ao descontentamento de seus eleitores com a ajuda à Grécia.
A chanceler conservadora foi acusada de ter adiado o socorro à Grécia com a esperança de evitar a sua adoção antes desta eleição para satisfazer cidadãos que não apoiam a solidariedade com a Grécia.
Merkel teve de aceitar ajudar Atenas diante dos riscos da crise grega para a zona do euro e para que este país possa pagar suas dívidas no dia 19 de maio.
Na sexta-feira, o Parlamento alemão aprovou assim a concessão de mais de 22 bilhões de euros durante três anos, a maior contribuição para os 80 bilhões em créditos bilaterais dos sócios europeus à Grécia.
A eleição no Estado regional NRW, o mais populoso da Alemanha, com 18 milhões de habitantes, é a primeira desde que a coalizão de centro-direita liderada por Merkel chegou ao poder em Berlim no mês de outubro de 2009.
Consciente desta conjuntura, Merkel entrou de cabeça na campanha eleitoral, participando de nada menos que 15 atos públicos, sem contar com suas várias declarações à imprensa para explicar os fundamentos da ajuda à Grécia.