Agência France-Presse
postado em 09/05/2010 14:18
Os Estados Unidos advertiram a Israel e aos palestinos que não minem sua confiança nas negociações indiretas iniciadas neste domingo (09/05)."Como sabem ambas as partes, se uma ou outra adotar medidas durante estas negociações que, do nosso ponto de vista reduziriam gravemente a confiança, vamos responsabilizá-las a fim de fazer com que as negociações continuem", afirma em um comunicado o porta-voz do departamento de Estado, Philip Crowley, acrescentando que as primeira série de negociações mediada pelos Estados Unidos "são séria e extensa".
"Ambas as partes estão fazendo gestos que contribuem para criar uma atmosfera favorável para as negociações", disse ainda, felicitando tanto o chefe da Autoridade palestina, Mahmud Abbas, como o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu "que tentam avançar em circunstâncias difíceis".
As negociações indiretas com Israel tiveram início neste domingo, segundo Saeb Erakat, principal negociador palestino, depois da entrevista que o emissário americano, George Mitchell, e o presidente da Autoridade Palestinamantiveram em Ramallah, Cisjordânia.
"Hoje podemos dizer que as conversações começaram", afirmou Erakat, ao se referir à rodada de negociações na qual George Mitchell deve atuar como mediador entre as partes.
"Hoje, 9 de maio, as negoções começaram ao nível de presidente (Mahmud Abbas) e de (primeiro-ministro israelense Benjamin) Netanyahu", acrescentou Erakat, depois da entrevista entre Abbas e Mitchell, a terceira em 48 horas.
Mitchell não fez declarações depois da entrevista e devia partir rumo aos Estados Unidos depois de passar sete dias na região.
"Não há negociações entre nós e o governo israelense. As conversações transcorrerão com Mitchell e a parte americana. Os americanos farão os contatos entre as partes", explicou Erakat.
Estas conversações indiretas recompensam os esforços do presidente Barack Obama em desbloquear as negociações no Oriente Médio, depois da suspensão do preocesso de paz em dezembro de 2008, consecutiva ao ataque de Israel contra a Faixa de Gaza.
Este diálogo através de intermediários deve durar a princípio quatro meses e tratar em particular das questões vinculadas às fronteiras, uma reivindicação palestina, e à segurança de Israel, como reclama Netanyahu.
Jerusalén, os refugiados, a água e a colonização judaica também serão evocados duarnte as negociações, segundo Erakat.