Agência France-Presse
postado em 11/05/2010 13:10
O número de iraquianos vivendo em campos de deslocados no próprio país cresceu 25% desde 2009, afirmou nesta terça-feira (11/5) à AFP, em Bagdá, o alto Comissário das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) no Iraque, Daniel Endres.Segundo ele, existem oficialmente 1,5 milhão de iraquianos deslocados, um número não atualizado, já que muitas pessoas voltaram para as suas casas nos últimos dois anos.
"Desse total, 500 mil vivem nos campos", assegurou, destacando que a maioria dos desalojados vivem com parentes.
De acordo com ele, a população nesses campos de miseráveis passou de 400 mil em 2009 para 500 mil este ano, com 260 mil pessoas vivendo em Bagdá.
"Muitos habitantes (desses campos) permaneceram porque não tem mais recursos", acrescentou.
O número de deslocados da ACNUR é parecido com o publicado, em março, pela Organização Não Governamental (ONG) americana "Refugees Internacional".
Em seu relatório, ela afirma que o governo iraquiano faz pouco, ou quase nada, para ajudar essas pessoas e pede aos Estados Unidos uma intervenção já que eles também têm "uma responsabilidade especial" na crise humanitária atual.
Endres indicou que o governo iraquiano ofereceu somente uma vez em dois anos "uma ajuda financeira de seis meses" aos desalojados dos campos.
Ele estima que o subsídio mensal concedido no período variava entre 150 mil e 300 mil dinares (130 a 260 dólares) por família.