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Justiça britânica bloqueia greve de funcionários da British Airways

Agência France-Presse
postado em 17/05/2010 16:19
A Justiça britânica invalidou nesta segunda-feira a greve do pessoal de cabine da companhia aérea British Airways, que devia começar na terça-feira. A Alta Corte de Londres emitiu uma ordem judicial favorável à British Airways, que algumas horas antes entrou com um recurso para tentar impedir a greve de 20 dias não consecutivos convocada pelo sindicato Unite para os meses de maio e junho. "Sou incapaz de dizer se está suficientemente claro que o sindicato adotou os passos previstos pela lei no momento em que era necessário", declarou o juiz Richard McCombe ao emitir seu veredicto. O sindicato convocou quatro greves de cinco dias - de 18 a 22 de maio, de 24 a 28 de maio, de 30 de maio a 3 de junho e de 5 a 9 de junho - para protestar contra as medidas de austeridade e cortes de pessoal que a companhia pretende implantar para compensar as perdas sofridas durante a crise econômica. As reações não tardaram. "Estamos felizes por nossos clientes de que os planos do Unite para uma greve extrema e injustificada não possam seguir adiante", indicou a British Airways em um comunicado. "Lamentamos que o veredicto da corte não possa evitar os trastornos que já tenham sofrido alguns passageiros que deviam ter viajado durante os primeiros dia da greve", acrescentou. O Unite, que representa 12.500 tripulantes da British Airways, considerou a decisão judicial "uma desgraça total" e, embora tenha prometido acatá-la, anunciou também a sua intenção de contra-atacar na justiça. "Sua consequência é que agora é impossível convocar uma greve protegida pela lei contra qualquer empregador que deseje obter uma ordem judicial, mesmo com os argumentos mais triviais", indicaram seus co-secretários-gerais, Tony Woodley e Derek Simpson. Esta é a segunda vez que um juiz da Alta Corte impede uma greve votada majoritariamente pelos funcionários de cabine da British Airways. Em dezembro passado, outro juiz invalidou um primeiro paro de 12 dias previsto para as festas de final de ano, alegando "irregularidades" no processo de votação.

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