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Estudo mostra que fosso que separa patrimônio de brancos e negros aumenta nos EUA

Agência France-Presse
postado em 17/05/2010 16:44
O fosso existente entre os patrimônios de brancos e negros nos Estados Unidos aumentou consideravelmente nos últimos vinte anos, segundo um estudo americano divulgado nesta segunda-feira pela Universidade Brandeis. Entre 1984 e 2007, a distância entre os patrimônios de negros e de brancos se multiplicou por quatro, os cidadãos brancos mais pobres eram bem mais ricos do que os negros que estão no nível mais alto da escala. "Nossa pesquisa mostra uma ruptura na evolução social. Mesmo que façam tudo o que é preciso --estudar, trabalhar duro--, os afroamericanos não podem atingir o nível de riqueza de seus colegas brancos e isso se traduz por uma grande diferença de oportunidades na vida", concluiu em um comunicado Thomas Shapiro, coautor do estudo. O estudo mostra também que as dívidas de grande parte dos negros nos Estados Unidos superam seus ativos e um quarto dos membros dessa comunidade não tem ativo algum ou economia com a qual se livrar das dificuldades financeiras. "Este aumento em quatro vezes da diferença de riquezas reflete os efeitos de políticas públicas como as reduções de impostos sobre os investimentos e as heranças que beneficiam os mais ricos, além da persistência da discriminação em matéria de moradia, de acesso ao crédito ou no mercado de trabalho", ressaltam os pesquisadores. Uma família branca de classe média acumulou economias e ativos de 74.000 dólares em 2007, ou seja, 55.000 dólares a mais do que em 1984, enquanto uma família negra acumulou apenas 18.000 dólares, ou seja, 7.000 dólares a menos do que 23 anos antes.

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