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Justiça francesa liberta iraniano dois dias após retorno de professora

Agência France-Presse
postado em 18/05/2010 08:20
A justiça francesa decidiu nesta terça-feira (18/5) libertar o iraniano Ali Vakili Rad, condenado em 1994 na França pelo assassinato de Shapur Bajtiar, primeiro-ministro iraniano da época do xá, anunciou a procuradoria em um comunicado.

"O tribunal de aplicação de penas aceitou, com uma sentença deste dia (terça-feira), beneficiar Ali Vakili Rad com uma liberdade condicional", afirma o comunicado. A decisão saiu dois dias depois do retorno à França da professora universitária Clotilde Reiss.

A francesa de 24 anos, que trabalhava na universidade iraniana de Ispahan, estava detida no Irã desde julho de 2009, acusada pelas autoridades de participação nas manifestações antigovernamentais após a reeleição do presidente Mahmud Ahmadinejad.

Na segunda-feira, o ministro francês do Interior, Brice Hortefeux, assinou uma ordem de expulsão de Vakili Rad que, condenado a prisão perpétua pelo assassinato de Bajtiar, já cumpriu 18 anos de prisão de uma pena que não era comutável.

Bajtiar, primeiro-ministro na época do xá do Irã, foi assassinado nas proximidades de Paris em 1991.

A ordem de expulsão era indispensável para permitir a libertação de Vakili Rad, que depois de deixar a prisão deve viajar imediatamente para o Irã.

A libertação de Vakili alimentou nos últimos dias as suspeitas de acordo e de uma contrapartida ao retorno de Clotilde Reiss a França, apesar do presidente iraniano Mahmud Ahmadinejad ter afirmado que a liberação da professora era um presente ao Brasil.

O destino da francesa também foi vinculada ao do engenheiro iraniano Majid Kakavand, detido na França desde março de 2009 e que foi libertado no dia 5 de maio, depois que a justiça do país negou o pedido de extradição para os Estados Unidos.

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