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Lula conversa com primeiro-ministro da Grécia sobre crise econômica e com Sarkozy sobre acordo nuclear

postado em 18/05/2010 11:52
Desde que chegou à capital espanhola, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva está às voltas com reuniões que envolvem desde o detalhamento do acordo nuclear fechado com o Irã até os desdobramentos da crise financeira que atinge parte da Europa.

Na manhã de nesta terça-feira (18), Lula reuniu-se com o primeiro-ministro da Grécia, George Papandreou, e com o presidente da França, Nicolas Sarkozy, e converso com cada um conversou por cerca de 40 minutos.

Com o Papandreou, Lula conversou sobre a crise financeira que atinge especialmente a Grécia. O encontro ocorreu no momento em que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional se comprometeram a enviar 110 bilhões de euros para evitar que a grave crise financeira se amplie e contamine o restante do continente. O dinheiro chega à Grécia no mesmo dia em que o país precisa pagar 8 bilhões de euros a credores internacionais.

Antes do encontro, Lula mencionou, na abertura da 6; Cúpula União Europeia, América Latina e Caribe, que o Brasil adotou medidas de estímulo ao consumo para evitar a contaminação do país pela crise financeira mundial. A solução apresentada pelo presidente foi elogiada por autoridades presentes, inclusive o presidente do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Luis Antonio Moreno.

Com Sarkozy, Lula conversou sobre o acordo, negociado e fechado ontem (17), em Teerã. Pelo acordo, firmado com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e o primeiro-ministro da Turquia, Tayyiq Erdogan, os iranianos enviarão urânio levemente enriquecido a 3,5% para o território turco. Em troca o Irã receberá urânio enriquecido a 20% para abastecer reatores nucleares.

Depois de negociado o acordo, ainda ontem, Lula telefonou para Sarkozy. Há cerca de 15 dias, o Ministério das Relações Exteriores da França ironizou as negociações conduzidas pelo presidente brasileiro dando a entender que ele poderia ser enganado pela equipe de Ahmadinejad. Porém, em seguida, Sarkozy conversou com Lula elogiando seu empenho em busca de um acordo.

No entanto, os Estados Unidos mantém uma campanha internacional em favor de que o Conselho de Segurança das Nações Unidas adotem sanções econômicas contra o Irã por desconfiar que há a produção de armas atômicas no país. No órgão tem direito a voto os Estados Unidos, a França, a Inglaterra, a China e a Rússia.

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