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Exército mobiliza tropas contra manifestantes em Bangcoc

Agência France-Presse
postado em 18/05/2010 19:40
Tropas tailandesas se posicionam atrás de veículo blindado para impedir manifestantes Soldados e veículos de transporte de tropas foram mobilizados na manhã desta quarta-feira (18/5) em Bangcoc para enfrentar manifestantes contrários ao governo, os chamados "camisas vermelhas", constatou a AFP.

Ao menos doze veículos blindados de transporte de tropas equipados com metralhadoras foram vistos ao redor da entrada sul da zona vermelha, palco de diversos confrontos durante o fim de semana. Vários caminhões de transporte de tropas também foram enviados.

Dois blindados foram colocados em frente às barricadas. Centenas de soldados se espalharam em um dos principais eixos de circulação da cidade.

O porta-voz do Exército, Sunsern Kaewkumnerd, se recusou a confirmar se a operação para dispersar através da força os manifestantes já havia começado. "Não responderei a nenhuma pergunta".

O governo tailandês rejeitou na terça-feira os repetidos pedidos de um cessar-fogo feitos pelos manifestantes e excluiu todas as formas de negociação até que os "camisas vermelhas" partam de Bangcoc. "A situação poderá ser solucionada e podemos chegar às negociações quando os manifestantes se dispersarem", avisou o ministro Satit Wonghnongtaey, excluindo qualquer possibilidade de diálogo.

[SAIBAMAIS]Os "camisas vermelhas" aceitaram anteriormente uma proposta do presidente do Senado, Prasobsuk Boondej, de servir de mediador em caso de negociações. "O primeiro-ministro (Abhisit Veijjajiva) apoia o início das negociações mas, por duas vezes, elas fracassaram devido à ingerência das pessoas no exterior", disse Satit, acusando implicitamente o ex-primeiro-ministro no exílio Thaksin Shinawatra, ícone de númerosos manifestantes e acusado pelo poder de atiçar os protestos.

As negociações estão rompidas desde a última quinta-feira, quando Abhisit Vejjajiva anulou sua proposta de organizar eleições antecipadas no meio de novembro, exasperado pelas exigências cada vez maiores dos "vermelhos".

Desde que começou a crise, em meados de março, 68 pessoas morreram e 1.700 ficaram feridas.

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