postado em 19/05/2010 09:28
Os alvos eram os infiéis ; como os militantes islâmicos chamam os ocidentais. O atentado, próximo ao Parlamento do Afeganistão, em Cabul, foi o mais violento desde fevereiro passado. O homem-bomba esperou pela passagem do comboio da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e detonou os 750kg de explosivos acondicionados em uma van. Pelo menos 18 pessoas morreram, incluindo cinco soldados norte-americanos e um canadense, e 52 ficaram feridos. Entre os mortos na explosão do ônibus, ocorrida por volta das 8h15 (0h45 em Brasília), estão crianças e mulheres.Segundo a rede de TV Al-Jazira, a polícia isolou a estrada perto do Palácio Darulasman, a antiga residência da família real afegã. A milícia fundamentalista islâmica Talibã reivindicou a autoria da ação, repudiada por Anders Fogh Rasmussen, secretário geral da Otan. ;Permanecemos comprometidos com a missão de proteger o povo afegão e fortalecer a habilidade do Afeganistão em resistir ao terrorismo;, declarou o dinamarquês. Um total de 209 militares das forças internacionais morreram neste ano no país, segundo contagem feita pela agência France-Presse a partir do site icasualties.org.
Estatística
Com o ataque de ontem, subiu para mil o número de militares dos Estados Unidos mortos no Afeganistão desde 2001, de acordo com cálculos do jornal The New York Times. Ainda de acordo com o diário norte-americano, ;um Talibã ativo em quase todas as províncias, um governo central incapaz de proteger sua população e um grande número de tropas americanas contribuíram para acelerar o ritmo de mortes no país;. Se a guerra no Afeganistão demorou sete anos para fazer 500 soldados dos EUA mortos, outras 500 mortes foram registradas desde 2008. O mês mais sangrento do conflito foi agosto do ano passado, quando 47 marines morreram ; mais que o dobro de agosto de 2008.
RECEPÇÃO MACABRA
No dia em que o presidente dos EUA, Barack Obama, enviou dois assessores de segurança ao Paquistão, um atentado contra a polícia local matou 13 pessoas. Uma bomba explodiu perto de uma viatura, em Dera Ismail Khan (noroeste). O assessor de Segurança Nacional, James Jones, e o diretor da CIA, Leon Panetta, estão no país para investigar o ;ataque; em Times Square.