postado em 19/05/2010 14:04
Brasília ; O governo do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, reagiu nesta quarta-feira (19/5) à decisão dos integrantes permanentes do Conselho de Segurança de intensificar a pressão em favor das sanções econômicas contra o país. O assessor sênior de Ahmadinejad, Mojtaba Samareh Hashemi, disse que esta posição, incluída no esboço de resolução definido nesta terça-feira (18/5), não tem ;legitimidade;.Para o assessor, a expectativa é que o chamado G5 1 - composto pelos membros permanentes das Nações Unidas: Estados Unidos, França, Inglaterra, China e Rússia, além da Alemanha ; reconsidere a disposição de adotar as resoluções e avalize o acordo que determina a transferência de urânio levemente enriquecido para a Turquia.
As informações são da agência oficial iraniana de notícias, Irna. ;A elaboração de uma resolução por parte das potências que têm poder de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas sobre o programa nuclear iraniano não tem legitimidade;, disse Hashemi, referindo-se à disposição dos Estados Unidos, da França, da Inglaterra, da Rússia e da China em aprovar medidas punitivas ao Irã.
[SAIBAMAIS]Hashemi ressaltou que o Irã é signatário (participa de forma atuante) do Tratado de Não Proliferação de Armas, portanto, isso comprova que a intenção do programa nuclear do país é para fins pacíficos. O assessor de Ahmadinejad disse ainda que o governo autoriza a fiscalização constante dos especialistas da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea).
;Há um monitoramento de todas as instalações nucleares iranianas como um relógio em conformidade com as salvaguardas referidas pela agência e o tratado [de não proliferação de armas];, afirmou o assessor. ;O Irã e a Aiea assinaram um plano de modalidade para remover as questões pendentes sobre o programa nuclear nacional e a agência verificou que não se fez qualquer desvio da finalidade civil.;
Nesta terça, os integrantes permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas - Inglaterra, França, Estados Unidos, Rússia e China ; sinalizaram que estão dispostos a endurecer na adoção de resoluções punitivas contra o Irã apesar do acordo firmado na presença do Brasil e da Turquia. Pelo acordo, o Irã se compromete a transferir o urânio levemente enriquecido para a Turquia. Em seguida, receberá o produto enriquecido a 20%.
O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, afirmou que o Brasil vai reagir a esta disposição ao enviar um comunicado conjunto com o governo da Turquia para todos os membros do conselho. O objetivo é indicar que há razões para a comunidade internacional confiar no acordo firmado na última segunda-feira (17/5), em Teerã.