postado em 20/05/2010 12:10
Três dias depois de fechado o acordo sobre a troca de urânio, o Irã busca convencer a comunidade internacional a reconhecer o documento e evitar as sanções econômicas defendidas pelos Estados Unidos. O secretário-geral da Organização da Conferência Islâmica, Ekmeleddin Ihsanoglu, disse nesta quinta-feira (20/5) ;ter esperança; de que será possível obter o apoio da comunidade internacional. As informações são da agência oficial de notícias do Irã, a Irna.Segundo Ihsanoglu, a decisão internacional deve respeitar os ;direitos legítimos; de o Irã desenvolver sua própria tecnologia nuclear. ;Está entre os direitos legítimos da nação fazer uso da tecnologia nuclear para fins pacíficos;, disse o religioso. ;[Tenho esperança de que será possível] conquistar o apoio da comunidade internacional e ajudar a remover os obstáculos para esse fim.;
Na última segunda-feira (17), os presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Mahmoud Ahmadinejad, do Irã, além do primeiro-ministro da Turquia, Tyyiq Erdogan, negociaram o acordo. Pelos termos do documento, o Irã vai enviar seu urânio levemente enriquecido a 3,5% para a Turquia. Em troca, receberá urânio enriquecido a 20%. A medida afastaria a suspeita de uso do produto para fins não pacíficos.
O governo do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, mantém, porém, as suspeitas de que o programa nuclear iraniano esconda a produção de armamentos atômicos. Na última terça-feira (18), os norte-americanos conseguiram o apoio dos franceses, chineses, russos e ingleses para um esboço de resolução estabelecendo sanções ao Irã por meio do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Para aprovar as sanções, é necessário o voto favorável de todos.
No entanto, o governo Ahmadinejad empenha-se em buscar apoio dos países vizinhos ao Irã. O presidente do Parlamento do Kuwait, Jasim al-Kharafi, elogiou hoje o acordo. Segundo Kharafi, a expectativa é de ue a partir dests acordo seja possível ao Irã desenvolver seu programa nuclear e resolver o impasse que cerca o assunto.
O Irã e o Kuwait têm relações históricas na política e na economia, segundo seus governos. De acordo com Kharafi, sem citar nomes nem mencionar governos, ;os dois países não devem deixar que os outros Estados sabotem seus laços cordiais;.