Agência France-Presse
postado em 20/05/2010 16:28
Os Estados Unidos advertiram a Coreia do Norte nesta quinta-feira (20/5) que o ataque com torpedo que teria afundado um navio de guerra sul-coreano foi uma "séria provocação" que "definitivamente terá consequências"."Definitivamente, haverá consequências", repetiu o porta-voz do Departamento de Estado americano, Philip Crowley, a jornalistas.
O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, disse também que o ataque foi um evento de "grande importância" na história entre Coreia do Norte e Coreia do Sul.
No entanto, os 28.000 soldados que os Estados Unidos mantêm na Coreia do Sul, não foram colocados em estado de prontidão, depois da acusação de Seul à Coreia do Norte, responsabilizada pelo ataque a um navio de guerra do país, afirmou nesta quinta-feira o chefe de Estado maior do exército americano, Mike Mullen.
Uma investigação internacional sobre as causas do afundamento do navio sul-coreano "Chenoan" em 26 de março em uma região disputada do Mar Amarelo concluiu que um submarino norte-coreano disparou um torpedo contra a embarcação, segundo relatório publicado nesta quinta-feira.
O afundamento da embarcação de 1.200 toneladas, perto da fronteira marítima com a Coreia do Norte, provocou a morte de 46 marinheiros sul-coreanos.
A Coreia do Norte qualificou de "invenções" as conclusões das investigações internacionais, mas a Coreia do Sul e as potências ocidentais afirmaram que os resultados dos estudos são confiáveis.
A Casa Branca considerou o ataque "um desafio à paz e à segurança internacional, assim como uma violação ao acordo de armistício" que colocou fim à guerra de 1950-1953.
O Pentágono está em "estreita consulta" com Seul para preparar uma resposta, disse nesta quinta-feira o secretário de Defesa americano, Robert Gates, completando que cabe à Coreia do Sul decidir a melhor forma de atuar.