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Juíza britânica decide investigar falhas do MI5 nos atentados de 2005

Agência France-Presse
postado em 21/05/2010 15:21
As investigações judiciais sobre a morte de 56 pessoas nos atentados suicidas de 7 de julho de 2005 na rede de transporte de Londres serão dirigidas para examinar as supostas falhas da polícia e dos serviços de inteligência, decidiu nesta sexta-feira (21/5) uma juíza britânica.

A magistrada, Heather Hallett, também ordenou duas investigações separadas, uma dedicada às vítimas e outra aos quatro camicazes. Os parentes das vítimas temiam que fosse apenas uma.

Específica de Inglaterra e do País de Gales, a investigação judicial - "inquest" em inglês -, não é um julgamento em si, mas um procedimento destinado a determinar as circunstâncias da morte. Não há réus nem sentença condenatória.

"A investigação sobre os 52 mortos incidirá sobre as falhas presumíveis dos serviços de inteligência interior no período imediatamente posterior aos atentados", declarou a juíza, anunciando que os dois procedimentos vão começar em outubro.

"No meu entender, não se passou muito tempo. Complôs deste tipo não se criam em uma noite", afirmou.

O serviço de inteligência interior (MI5) começou a vigiar Mohamed Sidique Khan, responsável pelos episódios, antes dos atentados, mas deixou de fazê-lo por falta de meios e porque, na época, não considerava isso uma pioridade.

No dia 7 de julho de 2005, quatro camicazes, todos muçulmanos britânicos, fizeram explodir bombas no metrô e num ônibus londrinos, matando 52 pessoas.

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